Business travel e covid-19: assim mudaram as políticas de viagens e a contratação com a pandemia

Estuda-se o novo paradigma com um questionário a travel managers em todo o mundo.
Business travel e covid-19: Como mudaram as políticas de viagens das empresas e a sua maneira de contratar durante a pandemia?
Foi realizado um questionário a travel managers para estudar as suas opiniões e expectativas em torno de como a covid-19 mudou a contratação e as respetivas políticas de viagens.
Business Travel e covid-19: questionário
Este questionário que se realizou durante o último quadrimestre do ano a quase uma centena de gestores de viagens, com os seguintes perfis:
- 72% dos gestores de viagens têm responsabilidades globais e 21% gere programas de viagens regionais.
- 57% das empresas tem a sua sede na América do Norte e 29% em EMEA, incluindo no Reino Unido.
- Em respeito a setores, os travel managers que participaram no estudo englobam-se principalmente em três: serviços financeiros (20%), Farma (18%) e manufatura (17%).
- 67% trabalha para grandes empresas com mais de 10.000 empregados.
- 47% tem um gasto anual em viagens de mais de 50 milhões de dólares americanos.
Estado atual das viagens corporativas
O estudo realizado reforça a ideia que se vem instalando no sector, de que viagens de negócios e restrições não formam um circulo saudável para a indústria e menos ainda para a economia: para 70% dos travel managers questionados, as restrições de acesso a cada destino são o principal obstáculo para viajar. Apenas para um terço dos inquiridos a incerteza relativamente à responsabilidade que representam os riscos dos empregados ao viajar são um travão.
A repercussão é clara: as viagens de negócios continuam contidas. Assim, 8 a cada 10 travel managers indicam que só se realizam viagens essenciais na sua empresa.
O nível de risco de infeção no destino, a necessidade comercial, a vulnerabilidade dos colaboradores e os requisitos de quarentena encontram-se entre os pontos mais importantes que as empresas têm em conta ao decidir se permitem ou não as viagens de negócios para os seus colaboradores corporativos. O custo da viagem já não é um fator primordial.
Políticas de viagens e contratação depois da pandemia
A pandemia da covid-19 impulsionou muitas empresas a questionarem-se como melhorar a política de viagens corporativas e adaptá-la às novas circunstâncias. E aqui a chave é a segurança.
O questionário realizado a 97 travel managers em todo o mundo lança que o Duty of Care em business travel e a satisfação do viajante são as prioridades do programa de viagens melhor qualificadas.
Relativamente às mudanças na gestão de fornecedores, mais de metade dos travel managers inclinam-se a renegociar os acordos existentes e lançar novos requisitos aos fornecedores preferenciais. Hotéis seguros e protocolos em companhias aéreas que garantam viajar em avião com segurança resultam em pilares fundamentais para estas alterações nas políticas de viagens.
E, ainda que o custo tenha deixado de ser o fator mais importante nas viagens de negócios, o certo é que mais de metade dos travel managers questionados também tenham introduzido medidas de contenção de custos quando se trata de aprovisionamento ou é provável que o façam. Assim, 6 de cada 10 esperam que os preços dos hotéis diminuam e o mesmo número de inquiridos espera que as tarifas aéreas aumentem.
Mudanças num futuro próximo
Com as condições atuais de mercado, as políticas e as estratégias de aprovisionamento de voos, hotéis e aluguer de automóveis estão a mudar.
Para os travel managers consultados, as chaves destas alterações resumem-se em:
– Aéreo: fomentar os voos diretos e eleger companhias aéreas preferenciais são as duas medidas de políticas aéreas mais populares. Mais ainda, os travel managers incorporam cada vez mais requisitos de limpeza e políticas de cancelamento flexíveis nas negociações com os fornecedores aéreos.
– Hotéis para viajantes de negócios: a certificação de segurança do alojamento contra a COVID-19, os canais de reserva obrigatórios e o requisito de utilizar fornecedores preferenciais encontram-se entre as mudanças de políticas hoteleiras mais populares. As novas estratégias de fornecimento de hotéis centram-se nos requisitos de higiene e uma maior flexibilidade de reserva. Cerca de metade dos inquiridos planeiam negociar menos fornecedores preferenciais e um menor volume por hotel. Relativamente ao programa de hotéis 2021, 4 em cada 10 travel managers prevê manter o programa existente com novos elementos agregados.
– Aluguer de veículos: os travel managers exigem cada vez mais fornecedores que contem com uma certificação de higiene e segurança nos seus veículos contra a covid-19. As mudanças previstas na contratação de veículos de aluguer, igualmente como em outras categorias de fornecedores, destinam-se a políticas mais flexíveis de alteração e cancelamento de reservas.
Novas tendências de business travel
Por último, este estudo confirma tendências que temos apontado respeitantes ao business travel em 2021:
– O uso do veículo privado: 457 km é a distância média que os viajantes de negócios estimam conduzir em automóvel numa viagem de negócios. Mas poucas empresas preveem introduzir novos elementos de apoio à condução de colaboradores como mais opções de fornecedores para elegerem, novos seguros, programas de ajuda à manutenção dos veículos privados…
– O teletrabalho: três quartos dos colaboradores trabalham atualmente desde casa. Mais de metade dos colaboradores prefere esta modalidade.
– Aquisição de novas categorias: 34% dos travel managers compra ou reserva espaços para reuniões sob pedido. 25% afirma o mesmo sobre adquirir um espaço de trabalho sob pedido. Um terço não tem estratégia clara relativamente ao desenvolvimento de novas estratégias. Mas esta nova tendência já se observa em hotéis que alugam os seus quartos e instalações como espaços para trabalhar (em vez de oferecê-los para férias ou celebrações)
O mundo mudou e nós temo-nos preparado para gerir as viagens dos nossos clientes com ferramentas mais eficientes e uma proposta de excelência sobre o nosso valor acrescentado.
É o smart business travel, com o qual garantimos a viagem para a recuperação.